Se você trabalha com marketing digital, já ouviu falar sobre marketing de conteúdo. Entretanto, ainda existe uma concepção errada sobre o assunto aqui não só aqui no Brasil. Muita gente acaba acreditando que o marketing de conteúdo se resume a apenas postar em redes sociais e só.
Este é um erro muito comum, visto que passamos algumas boas horas do nosso dia em frente ao Facebook, Twitter e YouTube. É por isso que decidi escrever este texto. A ideia é fazer com que fique entendido, de uma vez por todas, que o marketing de conteúdo vai além das redes sociais e que pode até mesmo englobar estratégias e canais offline, se assim for necessário.
Nós já vimos o conceito de marketing de conteúdo em outro artigo aqui no blog. Se você ainda não leu, recomendo que faça isso 😉 Resumir o trabalho de um profissional de marketing de conteúdo a apenas postar em redes sociais é simplificar a tarefa de uma forma totalmente errada.
O marketing de conteúdo envolve várias disciplinas e as redes sociais são apenas um fragmento desse ciclo. Quer ver um exemplo? No gráfico abaixo temos a representação de uma estratégia que foca apenas em redes sociais, com maior prioridade para o Facebook e menor prioridade para os outros canais da marca.
Acreditar que ter uma estratégia muito forte no Facebook ou ainda dedicar todos os seus esforços de conteúdo para essa rede é um problema bastante sério para muitas empresas – das pequenas às grandes. A regra de ouro da comunicação, principalmente a digital, é “não coloque todos os ovos na mesma cesta”.
A queda de alcance orgânico do Facebook é a prova de que não podemos confiar cegamente todos os nossos esforços digitais a um segmento só. Quer um exemplo claro disso? Tenho um que pode te ajudar: o Shopping Crystal, de Curitiba, é uma dessas empresas que optou por substituir o próprio site pela página do Facebook.
Agora, por que isso está errado? Bem, isso está errado em vários níveis. O principal motivo é: se um belo dia o Facebook muda as diretrizes (como já fez várias vezes) e a sua marca é penalizada, não há o que fazer. Você aceitou os termos, lembra?
Outra razão pela qual isso é errado é o fato de que o Google não indexa postagens de redes sociais. O máximo que pode ser indexado no Google é o link para a página do Facebook – nada mais do que isso. Então, se você produz conteúdo interessante e quer que o Google encontre, tenha o seu próprio site.
O trabalho com mídia própria é o que está no gráfico a seguir. Quando damos maior peso e importância para os nossos próprios canais, a tendência é termos resultados mais interessantes.
Quando a sua estratégia tem centro no conteúdo e não em uma plataforma em específico, os resultados tendem a ser muito melhores. Digo isso porque parto do princípio de que todo conteúdo deve ser criado com foco no seu consumidor e, portanto, é útil e interessante a ele. Uma vez que o meu consumidor está no meu canal próprio, as chances de ele converter são muito maiores.
Um bom exemplo disso é o Buffer. A ferramenta de gestão de postagem em redes sociais tem uma estratégia de conteúdo muito interessante e que é centrada em um blog. O alcance de cada postagem do blog é muito superior às postagens que eles fazem no Facebook e isso faz com que o contato com o produto deles seja muito maior.
Percebeu a diferença entre produzir conteúdo e “apenas postar em redes sociais”? São coisas diferentes que exigem posicionamentos estratégicos específicos 😉
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