Hoje nós vamos direto ao ponto. Content Marketing e Content Strategy são duas práticas bem diferentes. Isto posto, vamos entender como uma coisa difere da outra. Mas antes, precisamos fazer algumas perguntas como “Elas têm relação entre si?”. Sim, ambas tem uma grande área em comum, porém quando você começa a se aprofundar em planejamentos e investimentos para o ano, começa a perceber onde estão as diferenças e dar recursos às estratégias de forma efetiva.
Para explicar o que uma tem de tão diferente da outra, vamos usar uma analogia bastante prática usada por Robert Rose em suas apresentações. Ele costuma comparar o content marketing com uma daquelas canetas mágicas, de ponta grossa, que usamos para escrever em quadros brancos; enquanto o content strategy é comparado às canetas de ponta fina, que usamos todos os dias para anotar, escrever bilhetes etc.
Ainda assim, a analogia só inicia a discussão. Quando falamos em content marketing estamos falando de, oras bolas, marketing! Portanto, os content marketers desenham e desenvolvem a história que a organização quer contar em suas linhas gerais, sem se prender a pormenores.
O que é content marketing?
Se você procurar a definição literal de content marketing, verá que estamos falando de uma técnica de marketing que envolve a criação e distrbuição de conteúdo relevante e valioso para atrair, adquirir e engajar uma audiência bem definida e bem compreendida com o objeetivo de gerar ações rentáveis vindas do consumidor.
Em resumo, estamos falando de uma estratégia de marketing que utiliza o conteúdo como ferramenta de aprofundamento e estreitamento de laços com os consumidores de uma determinada marca.
E o que é content strategy?
Como vimos, Robert Rose dá a entender, em sua analogia às canetas, que o content strategy (ou estratégia de conteúdo) lida com etapas mais profundas do conteúdo como um todo. Um dos grandes nomes desta área é Kristina Halvorson. E, de acordo com as palavras dela, estamos falando sobre:
“Criação, publicação, e governança de conteúdo útil e utilizável.”
Nesta etapa estamos falando de conteúdo que permeia a estratégia da empresa como um todo. Passa de uma simples ação de branding para entrar no dia a dia dos departamentos responsáveis por ceder informações. Por isso, precisamos entender as quatro principais áreas do content strategy:
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Processos internos (workflow);
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Governança (áreas responsáveis por manter o conteúdo sempre atualizado);
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Estrutura de conteúdo (ferramentas de publicação e recursos não-humanos);
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Substância (o que está sendo comunicado à audiência);
Existe outra analogia muito interessante, feita por Rachel Lovinger, que diz o seguinte:
“A estratégia de conteúdo está para a redação assim como a arquitetura da informação está para o design.”
A estratégia de conteúdo tem seus pontos-chave em aspectos relacionados ao “fazer a engrenagem funcionar”. Aplica-se um framework que considera características como o alinhamento do conteúdo aos objetivos de negócio, à análise e suas modelagens, e a sua influência ao desenvolvimento, produção, apresentação, avaliação, mensuração e, finalmente, “aposentadoria” deste conteúdo.
E aí? O que eu faço com isso tudo agora?
Depois de compreender as diferenças entre cada um dos tópicos deste post, você já está apto a escolher o seu lado. Você é do tipo de pessoa que gosta de desenhar estratégias em um nível macro ou prefere sujar as mãos com a graxa e ouvir o barulho das máquinas?
As duas funções são imprescindíveis para que o fluxo de conteúdo siga correndo de forma interessante tanto para a marca quanto para quem consome este conteúdo e os produtos/serviços dela. A diferença está no nível de detalhamento dos planos estratégicos.