Um recente post no Google+ de Bill Slawski, fundador do site SeoByTheSea, novamente aborda algumas inverdades sobre SEO que ainda são propagados por agências e profissionais da área.
Embora posts sobre “mitos de SEO” não sejam novidade, é impressionante o quão confuso o assunto ainda é para muitas pessoas. Portanto escolhi esse tema para meu primeiro post aqui no blog – nada como começar pelo básico!
A questão específica abordada por Slawski lida com os chamados fatores de classificação (ranking factors) utilizados pelo Google para exibir seus resultados. A empresa admite que utiliza mais de 200 critérios, mas não divulga todos; caso contrário, seus concorrentes (i.e. Bing etc.) poderiam copiá-los e os posicionamentos poderiam ser facilmente manipulados.
Portanto só nos resta testar e adivinhar quais são todos esses fatores. O problema é que os sites sobre SEO se aproveitam desse limbo de incertezas e publicam pesquisas, teorias e opiniões sobre os critérios do algoritmo, muitas vezes sem o menor fundamento.
É fácil encontrar falhas de lógica em vários resultados da busca por “google ranking factors” – iscas de links para atrair iniciantes ingênuos no mundo de Search e que levam a muitas interpretações erradas por aí.
Bill Slawski fez algumas colocações em seu post:
1. O fato do Google ter uma patente não quer dizer necessariamente que o produto e/ou serviço existe;
2. Há muitas ferramentas no mercado que ajudam extrair coisas como “densidades de palavras-chave”, mas isso não significa que essas coisas sejam úteis para SEO, ao invés de apenas um desperdício de tempo e dinheiro.
3. Grandes pesquisas com “especialistas” em SEO com suas “opiniões” sobre fatores de classificação são apenas isso, opiniões.
4. Se o Matt Cutts não falou sobre determinado assunto, não significa que ele esteja escondendo alguma coisa.
5. Mesmo que “muitos SEOs acham” alguma coisa, não torna isso verdadeiro.
6. Quando alguém sugere algo como “sinal de um site de alta ou baixa qualidade”, não quer dizer que o Google utilize esse critério para classificar páginas.
7. Quando alguma agência de SEO “confirma” que algo é um fator de classificação, não aceite logo de cara – faça seu próprio teste.
8. Só porque o Google declarou publicamente que gostam de “funcionalidades amigáveis para usuários” em páginas web não significa que a presença dessas funcionalidades ajude uma página a ser melhor classificada.
9. O Google teve vazamentos de “documentos de classificadores de qualidade” que foram espalhados pela web, e essas são instruções e guias para as pessoas que tentam identificar spam e classificar a qualidade das páginas. Eles não são “guias dos mecanismos de busca sobre como posicionar páginas”, não foram criados especificamente para esse fim. Não presuma que as informações contidas nesses documentos, embora interessantes, sejam um guia para SEO.
10. Coisas estúpidas como: o Google diz que não dão valor para links nofollow, então provavelmente dão valor para alguns deles, portanto você precisa de links nofollow para que seu perfil de links que apontam para seu site pareça mais natural.
Enfim, diria que em SEO sempre é bom ser um pouco cético em relação às coisas disponíveis na web – são poucos os sites de qualidade (e credibilidade) com informações relevantes. Diria que no mínimo vale a pena testar e conversar com outros profissionais da área antes de chegar a conclusões definitivas sobre o funcionamento do Google.