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atencao fragmentada

A era da atenção fragmentada

A sua atenção já foi mais exclusiva. Lembre-se de como você costumava assistir aos programas de televisão há mais ou menos dez anos, quando o universo ainda estava livre de smartphones e tablets. Era um tempo em que você ligava a televisão para assistir uma coisa e se mantinha nela até o fim, não é?

Bem, como você pode notar, as coisas mudaram. A sua novela não é mais a mesma desde que o Twitter apareceu com o #OiOiOi praticamente diário das nove e pouco da noite. Tampouco o seu sagrado futebol, quer ele seja de primeira ou segunda divisão. Por mais emocionante que a programação esteja, se você está com o smartphone ou o tablet em mãos, a sua atenção está fragmentada.

Como resolver isso? Bem, isso não é exatamente problema seu, meu caro espectador. Uma pesquisa feita pelo Yahoo! em parceria com a Razorfish revelou um ponto interessante sobre o consumo de mídia televisiva nos Estados Unidos em 2012. Cerca de 80% dos americanos adultos têm o costume de assistir televisão enquanto fazem outra coisa. Veja na imagem abaixo quais coisas são essas:

Atenção fragmentada

Onde isso tudo começa?

Outro dado interessante sobre a atividade da segunda tela e da atenção fragmentada é, claro, o início de tudo. De acordo com a pesquisa The New Multi-screen World: Understanding Cross-platform Consumer Behavior, feita pelo Google em agosto de 2012, 65% dessas atividades começa em um smartphone.

É difícil encontrar alguém que tenha um smartphone e que não sente algum tipo de impulso involuntário de compartilhar algo ou então fazer uma pesquisa rápida sobre um produto ou qualquer tema em questão.

Tendo em vista este motivo, começar a pensar em conteúdos complementares para a segunda tela é uma boa saída para que você esteja lá quando aquela pessoa decidir dividir a atenção dela com as outras atividades da atenção fragmentada.

Para onde isso vai?

O futuro da televisão ainda é bem incerto. Entretanto, acredito que integrar redes sociais e outras plataformas do tipo em uma SmartTV não é a solução. Isso poderá funcionar muito bem para os fornecedores de conteúdo como Netflix, Hulu, HBO Go e a novidade da NET, o Now.

Temos mais telas para que não sejamos obrigados a depositar toda a informação daquele instante em uma só. Distribuir a informação de forma organizada e bem adaptada pode ser o segredo dessa mudança. Ainda assim, é hora de começar a oferecer narrativas que transitem bem entre duas telas.

A bola está com os storytellers, mais uma vez.