Criar conteúdo e algo que vai além de remoer algumas ideias e jogá-las em um texto de maneira que todas elas juntas façam sentido. Esta é apenas a primeira etapa. Depois de ter criado a informação, você precisa organizá-la. Para isso, você precisa entender o conceito de metadata ou, em bom português, metadados.
Os metadados são as estruturas responsáveis por organizar o conteúdo de forma inteligível não só pelo sistema em que você publica (WordPress, Drupal, Joomla Blogspot ou qualquer outro CMS), como também pelos buscadores e – ainda mais importante – pelo seu usuário. Fazem parte do grupo de metadados os sitemaps (tanto em XML quanto em HTML), os wireframes para organizar a disposição dos conteúdos na páginas e, claro, as tags.
Tudo isso faz com que o seu conteúdo seja melhor compreendido e fácil de localizar. O grande objetivo é colocar cada post, página, imagem ou lista em grandes grupos de acordo com o tópico e característica do conteúdo. Algumas dessas categorias podem se repetir? Talvez. Tudo vai depender da estrutura que você determinar. Porém, é importante que você mantenha em mente que URLs duplicadas podem ser prejudiciais para o seu ranqueamento nos mecanismos de busca.
Vamos falar sobre tags neste post.
Tag não é categoria
Antes de mais nada é importante entender a hierarquia que envolve “Categoria” e “tags“. As “Categorias” são grandes grupos de informações. Para que não reste nenhuma dúvida, encare as “Categorias” como editorias de um jornal. A editoria de Economia abrange vários temas que podem ser desmembrados em pedaços menores para que sejam localizados. Assim, o tema “mercado de trabalho” ou “indústria” pode muito bem estar inserido nesta editoria.
É importante lembrar de que as tags não são elementos fixos de uma categoria. Por isso, escolha muito bem qual palavra vai fazer essa ligação entre os conteúdos. A facilidade em encontrar os outros textos relacionados a este primeiro depende disso.
A banalização das tags
Desde que as primeiras plataformas de publicação de conteúdo atingiram o grande público, o uso dessas tags foi interpretado de diversas formas diferentes. Na época, a preocupação com os resultados de busca não existia, uma vez que o Google era uma ferramenta que ainda estava nos seus primeiros passos. Por isso, as tags tinham apenas a função de marcar o conteúdo de acordo com os assuntos relacionados a ele.
Alguns anos depois, com o crescimento exponencial do Google e outras startups a necessidade de colocar as coisas em ordem ficou ainda mais forte. Lembre-se de que a organização do conteúdo é o mínimo que alguém pode fazer. Porém, novos padrões de organização surgem de acordo com a chegada de novas ferramentas e funcionalidades que passam a agregar mais pontos.
As tags tem como objetivo delimitar os tópicos centrais de um conteúdo, quer ele seja um texto, uma imagem, um vídeo ou podcast. Este recurso apresenta ao usuário quais são os temas abordados e complementa a informação passada pelo título. Portanto, seja objetivo. Use o campo de tags com bastante moderação. No WordPress, por exemplo, cada tag que você cria gera uma URL nova que agrupa todos os posts marcados com aquela tag em específico.
Com isso, o seu leitor tem mais meios de encontrar conteúdos que tenham relação direta ao anterior. Encare seu blog como uma biblioteca. A principal característica das bibliotecas é a organização e a inteligência aplicada na categorização dessas informações. Crie tags claras e não use-a mais de uma vez no mesmo post.
O Twitter foi o grande responsável por espalhar o conceito de tag ou mellhor, hashtag. Usadas neste mesmo sentido, as hashtags nasceram para organizar a relação entre os conteúdos produzidos por um ou mais usuários dentro da rede. Entretanto, a popularização dessa estrutura para demonstrar sentimento e emoções sobre um determinado assunto e a competição pelo topo dos Trending Topics tornou a hashtag em um elemento sem qualquer significado útil e inteligível.
A mesma coisa acontece com o Instagram. As tags deveriam identificar o conteúdo nas buscas para que outros usuários interessados naquele tema pudessem encontrar um banco de fotografias. Porém, com o spam de tags postadas, a relevância da imagem cai e fica difícil compreender o valor agregado ao tópico.
A última novidade sobre o mundo das tags e hashtags é a incoporação deste recurso pelo Facebook. O objetivo é sempre o mesmo: centralizar conversações em torno de um assunto e fazer com que este tópico leve a novas considerações. Particularmente, acredito que esta estrutura vai resultar em problemas semelhantes ao que acontece hoje no Twitter. A ideia de levantar tendências a partir de tags mais postadas parece genial, mas a execução disso é complicada pelo fato de não haver uniformidade e preocupação com a relevância.
E você, como usa as suas tags?