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Como usar as redes sociais para promover minha empresa?

Todo empreendedor busca formas de atrair a atenção das pessoas para a sua empresa. As redes sociais são uma excelente forma de fazer isso, com a vantagem de ainda conseguir criar relacionamento entre o seu futuro cliente e a sua marca. Entretanto, estas plataformas impõem cada vez mais desafios para quem pretende utilizá-las.

O passo mais importante para obter bons resultados utilizando as redes sociais para promover sua empresa é observar com bastante atenção quem representa o seu público-alvo e quem são seus concorrentes. Com estas informações você começa a entender o que está sendo feito e como estas ações são aceitas por quem pode se tornar um possível comprador dos seus produtos e serviços.

Neste artigo vamos apresentar alguns detalhes a respeito destes dois comportamentos importantes para quem quer promover sua empresa nas redes sociais. Pronto? Vamos lá!

Estude sua concorrência

Você vai encontrar bons indícios sobre o andamento do seu mercado quando observar e estudar a sua concorrência. Além de entender qual é o estilo de abordagem destas empresas nas redes sociais, você irá perceber o que aparenta trazer mais resultados e também as ações que não foram tão boas assim.

Lembre-se: ver o erro de um concorrente pode economizar tempo e dinheiro na sua estratégia. Por isso, fique atento e evite situações assim. Outro ponto relevante é observar os assuntos abordados pelo seu concorrente nas redes sociais. Isso fornece uma noção de quem é o público-alvo que ele está tentando atingir.

O grau de complexidade dos assuntos e a maneira com que eles estão escritos ou retratados (no caso de imagens e vídeos) serve como termômetro do grau de conhecimento e, muitas vezes, faixa etária do público.

Vale a pena lembrar que observar o seu concorrente não significa imitar o que ele está fazendo, tampouco significa tentar “brigar” quando o assunto for números relativos a total de fãs ou seguidores e também engajamento nas publicações. Estas métricas são bastante relativas e não são fatores determinantes de sucesso.

Exemplo de estudo da concorrência

Imagine que você tem 10.000 curtidas na página da sua empresa no Facebook e faz postagens várias vezes ao dia, esperando que assim o seu engajamento aumente. Em vez disso, apenas 15 pessoas (em média) costumam interagir com o seu conteúdo de alguma maneira, seja por curtidas, comentários ou compartilhamentos. Destas 15 pessoas, apenas 2 buscam a sua empresa para falar sobre negócios. Não é um bom cenário, não é mesmo? O que pode ter dado errado?

Podemos formular algumas hipóteses do que pode estar prejudicando a sua estratégia de promoção da sua empresa nas redes sociais. A primeira delas está relacionada ao tamanho e à qualidade das suas 10.000 curtidas. Como você chegou a este número? Promoveu sua página usando os anúncios do Facebook ou “comprou curtidas” de empresas terceirizadas (e suspeitas)? Existe uma diferença significativa entre as duas coisas, embora isso possa parecer a mesma coisa para alguns empreendedores.

Promover a sua página usando os anúncios do Facebook é a maneira correta de buscar expandir a sua base de fãs. Com isso, você delimita exatamente as características das pessoas que você gostaria de ter na sua base. Desta forma, você diminui as chances de ter “laranjas podres” na sua cesta.

Outro ponto que comentamos acima e é bastante relevante quando observamos nossa concorrência, é o número de diário de posts publicados pela página. Seu concorrente publica várias vezes ao dia? Como o público reage a isto? Lembra-se de que falamos que este concorrente tinha, em média, 15 curtidas? O que aconteceria se ele fizesse menos publicações por dia?

Bom, precisamos começar a entender o que o Facebook espera de nós, empresas. Desde o início, Mark Zuckerberg pensou a plataforma como uma forma de amigos e familiares entrarem em contato e interagirem. As marcas entram nesta jogada como “complementos”. Por isso, cada vez mais as atualizações feitas no algoritmo da NewsFeed darão prioridade às publicações dos amigos e familiares da sua audiência.

Entendendo esta lógica, me responda: vale a pena gastar esforços com dezenas de posts por dia na sua página? Não. Ao criar uma infinidade de publicações por dia você acaba por “confundir” o algoritmo do Facebook que se baseia na recência da informação para entregar às pessoas que curtiram a sua página.

Por isso, é mais interessante pensar em poucos posts por dia – talvez até dois ou três, dependendo do seu segmento de mercado – e focar em um conteúdo relevante. É isso que o Facebook está esperando de nós enquanto empresas. Uma vez que alguém que curta a sua página goste do conteúdo e compartilhe um post seu, o Facebook irá entender que este é um conteúdo de um amigo e assim, você passa a ganhar espaço.

Desta maneira você começa a entrar no jogo de uma maneira nativa, entendendo como a plataforma funciona e tentando extrair o melhor dela para você e para quem curte a sua página. Portanto, lembre-se: prefira fazer menos posts com mais qualidade!

Isso garantirá que a sua taxa de engajamento, e por consequência, as conversões em vendas sejam maiores. Certo… Mas o que significa essa tal “taxa de engajamento”? Bem, este índice representa o número de pessoas que interagiram com alguma publicação sua em relação ao total de pessoas que curtem a sua página. É uma conta bastante simples:

E = (∑interações/Total de Curtidas) x 100

Calma! Essa cara de aula de matemática não é nada complicado! Vamos explicar.

E = Taxa de Engajamento
∑interações = Somatório de todas as formas de interação em um post (curtidas, compartilhamentos, cliques e comentários)
Total de curtidas = Número total de pessoas que curtiram a sua página

Ao fazer esta conta você irá obter um número que representa o engajamento relativo daquele post em relação à sua página. Veja o exemplo abaixo:

E = (15/10.000) x 100= 0,15%

Usamos os mesmos dados que já vinhamos falando ao longo deste artigo. O somatório de interações (15) foi dividido pelo total de curtidas na página (10.000) e multiplicado por 100. Isto resultou em uma taxa de 0,15%. Este número é bastante baixo, dado o tamanho da base de fãs que a página possui (10.000).

A partir deste momento, as fórmulas que mostraremos são referentes à sua própria página, dado o tipo de informação com a qual iremos trabalhar. Infelizmente ainda não é possível saber quantos leads e vendas o seu cliente consegue gerar. Usando as informações que comentamos antes, imagine que destas 15 interações apenas 2 pessoas que vieram das redes sociais preencheram algum formulário no seu site. Vamos usar a mesma lógica da conta que fizemos agora há pouco para sabermos qual foi a taxa de conversão:

C = (Total de leads/ ∑interações) x 100

Vamos entender a fórmula:

C = Taxa de conversão
Total de leads = total de pessoas interessadas (deixaram e-mail, telefone etc em um formulário)
∑interações = Somatório de todas as formas de interação em um post (curtidas, compartilhamentos, cliques e comentários)

C = (2/15) x 100= 13,33%

Seguindo a diante, entendemos que a taxa de conversão de interações (curtidas, compartilhamentos, cliques e comentários) em possíveis clientes é de 13,33%. Não é um número ruim, mas dado o total de pessoas que curtiram a página (10.000), este número poderia ser bem maior.

Agora, vamos aplicar esta mesma lógica para pensar sobre as vendas que você pode gerar utilizando as redes sociais com esta mesma estrutura de cálculo. Suponha que você conseguiu fechar 1 venda:

V = (Total de vendas / Total de leads) x 100

Vamos traduzir:

V = Taxa de Vendas
Total de vendas = vendas que você fechou que tiveram início nas redes sociais (alguém que curtiu um post seu, por exemplo)
Total de leads = total de pessoas interessadas (deixaram e-mail, telefone etc em um formulário)

V = (1/2) x 100 = 50%

Ufa! Chegamos ao final das contas! A sua taxa de vendas é de 50%. É uma excelente proporção, mas não custa lembrar: este número deveria ser maior porque o total de pessoas que curtem a página é de 10.000.

Entendido? Bom, agora vamos falar sobre o seu público-alvo, ou seja, a sua persona.

Estude seu público-alvo

Estudar seu público-alvo é um dos pontos mais decisivos para quem quer alcançar bons resultados utilizando marketing digital. Na primeira parte deste artigo, falamos sobre a análise da concorrência e como ela pode dar indícios de quem seria o seu público-alvo e quais tipos de conteúdos ele costuma gostar. Pois bem, agora vamos partir para um tipo diferente de análise. Vamos ao passo a passo.

  1. Crie uma lista de grupos de Facebook, blogs, sites e fóruns que são importantes no seu segmento de mercado;
  2. Nos grupos de Facebook e Fóruns, observe como as pessoas interagem (suas dúvidas, forma de escrever, postagens etc);
  3. Nos sites e blogs, observe os conteúdos e a forma com que são escritos;
  4. Anote estes pontos em um arquivo à parte e comece a encontrar padrões, pontos em comum.

Ao fazer este processo, você vai observar que existem cerca de dois ou três grandes grupos de consumidores com características em comum. Chamamos este grupo de “personas”. Estas personas não são baseadas em apenas uma pessoa e sim em um grupo de pessoas que representam o perfil do seu consumidor ideal.

Depois de identificar essas primeiras informações, é hora de partir para pesquisas mais aprofundadas, ou seja, feitas por você mesmo. Isso mesmo! Nada de preguiça! Comece a anotar as suas dúvidas sobre o seu público-alvo. Caso você tenha alguma dúvida, use nosso Kit Estudo de Persona para facilitar o processo.

Feito isso, é hora de começar a conversar com as pessoas que pertencem a estes grandes grupos que você identificou. Convide-as para entrevistas presenciais (que tal ser jornalista por um dia?) ou então lance questionários nas suas redes sociais. Você pode utilizar ferramentas como o Formulários do Google, SurveyMonkey ou Typeform para isso.

Depois, observe os resultados e volte às suas primeiras anotações e veja o que pode ser aprimorado. Utilize a estrutura abaixo para montar a sua persona:

  • Dados demográficos (Idade, Gênero, Cidade/Estado, Cargo etc)
  • Comportamento (tempo para tomada de decisão, extrovertido ou introvertido, planejador ou impulsivo etc)
  • Desafios (problemas que encontra no dia-a-dia que a sua empresa pode ajudar a solucionar)
  • Objetivos (conquistas importantes para esta persona, não confunda com os desafios)
  • Ficha de assuntos relevantes (tópicos pelos quais estes indivíduos se interessam bastante)

Você pode usar ferramentas como o Word e Excel (e seus equivalentes no Google Drive) para isso tudo. Desde as anotações até montar as suas personas com base nas suas pesquisas. Um ponto importante e que pode ajudar muito depois de concluir a sua pesquisa de personas é dar um nome e escolher uma foto que represente este grupo de consumidores-ideiais, como se fossem uma pessoa fictícia, baseada em informações de várias outras.

A partir daí você já pode criar jornadas de consumidores, cronogramas de posts e até mesmo fazer ajustes nos seus produtos e serviços. Afinal, as personas estão aí para isso mesmo. Com isso em mãos você também pode direcionar muito bem as suas campanhas de anúncios em redes sociais, usando o Facebook Ads ou então Twitter Ads (falaremos sobre anúncios em um novo post).

E não se esqueça de fazer revisões periódicas nas suas pesquisas. Nunca deixe que as suas personas passem de um ano sem serem revisadas e atualizadas. O cenário político e econômico muda com bastante facilidade. Por isso, as intenções de compra e interação dos consumidores devem seguir este ritmo. Os hábitos dos consumidores de 2016 são completamente diferentes dos hábitos destes mesmos consumidores em 2012 – para bem ou para mal.

Bom, chegamos ao fim deste artigo. Espero que você possa aproveitar as oportunidades que as redes sociais oferecem para você promover a sua empresa.

E não se esqueça, caso tenha ficado com alguma dúvida, é só deixar o seu comentário!