Desde que o Facebook se fortaleceu no Brasil e o Twitter ficou ainda mais popular, muitas empresas decidiram que precisam estar lá. Por se tratar de um tipo de negócio recente, as mídias sociais ainda passam pelo primeiro estágio de aceitação desses executivos. A verdade é que este é mais um recurso do mercado de comunicação e, como tal, precisa de investimento condizente com o resultado que se deseja ter.
O grande atrativo das mídias sociais é o seu baixo custo em relação às demais ferramentas de comunicação. Mas isso não quer dizer que o trabalho possa ser feito de graça ou com verbas irrisórias. Hoje, o mercado brasileiro de comunicação está um pouco mais valorizado graças a força dessas plataformas e suas interações. Ainda assim, está muito longe de ter o reconhecimento como existe nos Estados Unidos, por exemplo.
As mídias sociais são ferramentas poderosas aliadas a um amplo conhecimento de planejamento, execução, produção de conteúdo e poder de análise. Isso quer dizer que aquele “sobrinho” que passa o dia inteiro no Facebook pode até entender a mecânica da plataforma, mas não significa que ele saberá executar um bom trabalho nessa área.
Em geral, são os “sobrinhos” os grandes responsáveis pela desvalorização do mercado. Pode até ser muito simples criar uma conta no Twitter ou publicar fotos no Flickr. As duas coisas são gratuitas, mas saber como usar envolve muito mais. Saber o que dizer, quando dizer e para quem dizer é ainda mais importante do que ter os perfis.
Quanto custa?
Os preços cobrados para a execução de serviços relacionados às redes e mídias sociais estão muito longe do que é proposto pela APADI (Associação Paulista de Agências Digitais). De acordo com a tabela proposta pela Associação, apenas o diagnóstico de presença online custaria R$ 7 mil e o planejamento, R$ 8 mil.
Hoje o salário médio de um analista de mídias sociais fica em torno de R$ 1.000 a R$ 3.000 por mês, dependendo da região do país, tamanho da agência e demanda dos clientes. Nos Estados Unidos essa média chega a ser impressionante. Uma pesquisa da Onward Search mostra que por lá a realidade é muito mais interessante.
A pesquisa englobou 20 cidades americanas e seis cargos diferentes. Os melhores salários estão, como já era imaginado, em Nova York. Um mero redator de mídias sociais chega a ganhar de 22 a 60 mil dólares por ano. Os salários mais altos vão para os gerentes de marketing em mídias sociais, que estão na faixa de 73 a 116 mil dólares ao ano.
Como cobrar?
Essa é uma das perguntas mais comuns quando chega a hora de apresentar o primeiro orçamento ao cliente. Como você está lidando com um serviço imaterial, o seu gasto se resume a colocar em prática o que você sabe e estudou. Portanto, procure cobrar um valor próximo à hora técnica da sua profissão. Essas informações estão nos sites de sindicatos como o dos jornalistas, por exemplo.
No Paraná, a hora técnica de um jornalista custa R$ 78; em Santa Catarina, R$ 70; e em São Paulo, o valor indicado pelo Sindicato dos Jornalistas para uma hora de serviços de assessoria de imprensa é de R$ 242.
Portanto, pesquise bastante e encontre um preço justo para você e para o seu cliente. O ideal é mostrar que o seu trabalho vale o preço que está na tabela. Explique cada item, determinando quantas horas serão gastas para realizá-los. Fica a dica: cobrar preços muito altos ou muito baixos vai fazer com que o cliente saia fique desconfiado e você ainda fica com fama de desonesto.