Domingo é o dia que a gente tira para ler tudo o que não foi possível durante a semana. Seguindo essa regra, hoje encontrei um texto do Social Media Today que tem como título “How Facebook is killing itself!”. O título já é bastante polêmico e se você clicar, vai encontrar parágrafos com o mesmo tom.
O autor (Prasant Naidu), que provavelmente é indiano, cita os bons tempos da ingenuidade e pré-alfabetização em redes sociais com o Orkut. Neste ponto ele está certíssimo. O Orkut foi, sim, a primeira experiência social na internet livre de qualquer influência de marcas e publicidade. Foi por manter este modelo até o último segundo que a nossa primeira rede social perdeu muito espaço para o Facebook.
Ainda que muitos afirmem categoricamente que o Orkut já morreu, ainda é possível ver algum tipo de pulso nessa plataforma. Porém, as limitações técnicas e a segmentação das marcas tornam o empreendimento do turco homônimo inviável para um planejamento de mídias sociais que exija resultados muito bem mensurados e precisão.
As comunidades de marcas e produtos trouxeram um novo panorama paras empresas que entenderam que este poderia ser um excelente modo de atingir seu público gastando menos e ainda com direito a opiniões e comentários valiosos aos quais eles não teriam acesso em qualquer outra mídia.
Naidu cita a adição de recursos novos ao Facebook como parte do suicídio da empresa de Mark Zuckerberg. Neste momento, ele está parcialmente correto. Porém, essas novas features não irão acabar com o Facebook, mas vão ajudar a eliminar parte da espontaneidade das interações.
Não acredito que os Facebook Ads, Trending Articles, Facebook Offers e Facebook TIckers possam acabar com a essência das mídias sociais por um simples motivo: tudo está baseado nas interações e essas ferramentas ou features nada mais são do que modos de facilitar a interação com o que você gosta – independente de serem pessoas físicas ou jurídicas.
Assim, fiquem tranquilos, o Facebook não está destruindo as mídias sociais e muito menos a si mesmo. Apesar de o IPO não ter sido o sucesso inicial que todos estavam esperando, não há motivos imediatos para se preocupar com a falência da maior platafoma de social media da atualidade.
E você, o que acha? O Facebook está mesmo se matando?