Um dos maiores desafios de um bom produtor de conteúdo é produzir materiais atrativos o suficiente e ao mesmo tempo informativos. Para isso existem vários recursos, porém às vezes a concorrência é um tanto desleal.
A quantidade de conteúdo voltado ao entretenimento é gigantesca e isso acaba gerando uma questão muito importante do ponto de vista “jornalístico” da coisa. Há alguns dias defendi meu trabalho de conclusão de curso da especialização em Novas Tecnologias em Jornalismo, aqui na PUC-PR. Meu foco era a interação do leitor com o conteúdo e o papel do jornalismo nesse emaranhado de likes e retweets.
Durante o estudo, conheci o livro “Filter Bubble” do americano Eli Pariser. Ele defende a ideia de que hoje nós estamos imersos em um mundo digital construído pelos filtros e algoritmos dos buscadores e redes sociais. Assim, ficamos à mercê das categorizações do que é mais importante baseado nas buscas anteriores que fizemos.
Segundo a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil” do IBOPE Inteligência, a busca pelos conteúdos de entretenimento corresponde a 58% do total, por isso, as notícias mais densas acabam ficando em segundo plano. O jeito, nesse caso, é misturar informação e entretenimento, criando o infotainment.
Como assim, infotainment?
O infotaiment ou infotenimento, em bom português, por um bom tempo foi visto como notícias mais leves, que falavam apenas sobre celebridades, esportes, cinema e outras amenidades. Em algumas universidades, o assunto ainda é tratado assim. Porém, com a forte presença das mídias sociais neste meio jornalístico, a presença do entretenimento mesclado à notícia é bastante importante.
Apesar de o sentido original do infotainment ser essa “frivolidade” das notícias, é possível pensar em uma abstração dessa palavra e tentar, quando possível, utilizar recursos que envolvam o leitor que é seguidor e fã do da marca, quer ela seja um veículo de comunicação ou não. Portanto, trabalhar vídeos e imagens, neste caso, é algo que pode contar pontos a seu favor.
Entretenimento de nicho
Outra abstração interessante tem relação direta com a produção de conteúdos que informem e “divirtam” ao mesmo tempo. Assim, quanto mais específico for o seu mercado, melhores são as chances de levar conteúdos relevantes, que possam gerar empatia por meio de ações de entretenimento informativo e com isso, aumentar o engajamento.
Como as imagens geram maior engajamento em redes como o Facebook, é interessante, tanto para jornais quanto para marcas, usar esse formato para fazer com que uma notícia atinja níveis virais de compartilhamento. Criar expecitativas com teasers e outros recursos também pode ser uma boa ideia.
Use a informação e o entretenimento para engajar seu público!